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Thursday, May 25, 2017

RÉSEAU VOLTAIRE -- Manchester, o MI6, a Al-Qaïda, o Daesh e os Abedi



Manchester, o MI6, a Al-Qaïda, o Daesh e os Abedi


  




Segundo a Scotland Yard, o ataque contra os espectadores do concerto Ariana Grande, na Arena  de Manchester, em 22 de Maio de 2017, foi levado a cabo por Salman Abedi, visto que, felizmente, encontraram um cartão de crédito no bolso do cadáver feito em pedaços, do "terrorista".

Este ataque é geralmente interpretado como prova de que o Reino Unido não está envolvido no terrorismo internacional e que, pelo contrário, é uma vítima do mesmo.

Salman Abedi nasceu no Reino Unido e nasceu no seio de uma família de imigrantes líbios. Viajou várias vezes para a Líbia, nos últimos meses, só ou na companhia do pai.

Este último, com quem Abedi Ramadan vivia, era o antigo Director dos Serviços Secretos da Líbia. Era perito no acompanhamento do movimento islâmico, mas duas décadas mais tarde, não viu que o seu filho tinha aderido ao Daesh.

Em 1992, Ramadan Abedi foi novamente enviado para a Líbia pelo MI6 britânico e participou numa conspiração da Coroa Britânica para assassinar Muammar Gaddafi. Quando a operação foi descoberta e divulgada, ele foi retirado subrepticiamente pelo MI6 e transferido para o Reino Unido, onde obteve asilo político. Em 1999, estabeleceu-se em Whalley Range (no Sul de Manchester), onde reside a pequena comunidade islâmica da Líbia, no Reino Unido.

Em 1994, Ramadan Abedi voltou para a Líbia, a mando do MI6. No final de 1995,  participou na criação do Grupo de Combate Islâmico Líbio (LIFG), a filial da Al Qaeda, ao lado de Abdelhakim Belhaj. Nessa altura, o LIFG foi encarregado pelo MI6 de assassinar Muammar Gaddafi a troco de 100.000 libras estrelinas. Esta operação, que também falhou, provocou debate acalorado dentro dos serviços de Sua Majestade, e deu origem à renúncia do nosso amigo David Shayler. 

Muitos "antigos membros" do LIFG também viveram em Whalley Range, bem como Abd al-Baset Azzouz, amigo de Abedi. Em 2009, este último aderiu à Al Qaeda, no Paquistão, e  tornou-se num colaborador próximo de Ayman al-Zawahiri, o líder dessa organização. Em 2011, Azzouz tornou-se membro activo da operação da NATO contra a Líbia. Em 11 de Setembro de 2012, dirigiu a operação contra o Embaixador dos Estados Unidos na Líbia, J. Christopher Stevens, morto em Benghazi. Em seguida, foi preso na Turquia e extraditado para os Estados Unidos, em Dezembro de 2014, onde o seu julgamento ainda está pendente.

Não se sabe se, em 2005, Ramadan Abedi se juntou aos membros do LIFG para formar a Al Qaeda no Iraque e se, em 2011, e participou na operação "Primavera Árabe" do MI6 e se foi apoiante no terreno, do LIFG junto à NATO. De qualquer forma, estabeleceu-se na Líbia, após a queda de Gaddafi e a sua família foi transferida para lá, deixando os filhos mais velhos na casa da família, em Whalley Range.

Segundo o antigo Primeiro Ministro espanhol, José Maria Aznar, Abdelhakim Belhaj estava envolvido nos atentados de Madrid de 11 de Março de 2004. Mais tarde, foi detido, secretamente, na Malásia pela CIA e transferido para a Líbia, onde foi torturado, não por funcionários líbios ou americanos, mas por agentes de MI6. Finalmente,  foi libertado aquando do acordo entre Saif al-Islam Kadhafi [filho de Gaddaffi] e os jihadistas.

Durante a guerra da Líbia, Belhadj que estava exilado no Qatar, regressou à Líbia num avião do Emir, e comandou as operações no terreno em conjunto com a NATO. Em 28 de Julho de 2011, ele organizou o assassinato do general Abdelfattah Younès que alegou ter-se juntado aos "rebeldes", mas que ele acusou de ter ordenado a luta contra o LIFG na década de 1990.

Em Setembro de 2011, Belhadj foi nomeado, pela NATO, governador militar de Tripoli. Em 2012, apoiado pela organização Irish Mahdi al-Hatari, criou o Exército Sírio Livre e em seguida, voltou novamente para a Líbia. Em 2 de Maio de 2014, foi recebido no Quai d'Orsay [O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês].

Em Dezembro de 2013, após a descoberta nos arquivos do regime líbio de Gaddafi, de uma carta do antigo chefe do MI6, Belhadj instaura uma acção judicial contra o Reino Unido, em Londres,  por tê-lo sequestrado e torturado nove anos antes. Em seguida, os Serviços Secretos britânicos,  colocam ilegalmente os seus advogados sob escuta telefónica, embora tenham sido forçados a destruir esses registos.

De acordo com o Procurador Geral do Egipto, Hichem Baraket, em Maio de 2015, Belhaj tornou-se o principal líder do Daesh no Norte da África; informação obtida pela INTERPOL. Belhaj instalou três campos de treino do Daesh, na Líbia, em Derna (numa antiga propriedade de Abd al-Baset Azzouz) em Sirte e em Sebrata. Em Outubro de 2016, ele inicia uma nova acção judicial, em Londres, sobre o seu rapto e tortura, desta vez contra o antigo Chefe do MI6, Sir Mark Allen. 

O Daesh reivindicou a responsabilidade do ataque em Manchester, mas sem qualificar Salman Abedi de "mártir". Depois do ataque, Abedi declarou aos repórteres, que comunicaram com ele por telefone, a sua hostilidade à Jihad islâmica. Também disse que o filho tencionava passar o mês de Ramadan com ele na Líbia e que estava convencido da sua inocência. A pedido do Reino Unido, foi detido pela polícia Líbia.


Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos     
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